A pobreza extrema é uma realidade preocupante em muitos países, incluindo o Brasil. Neste artigo, vamos examinar as estatísticas relacionadas à pobreza extrema no Brasil, destacando a gravidade do problema e os desafios que enfrentam milhões de brasileiros todos os dias.
1. Taxa de Pobreza Extrema
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 14,4% da população brasileira vivia em situação de pobreza extrema em 2020. Isso significa que aproximadamente 29,6 milhões de pessoas sobreviviam com uma renda mensal per capita inferior a R$ 155,00, o equivalente a US$ 1,90 por dia, a linha de extrema pobreza estabelecida pelo Banco Mundial.
2. Distribuição Regional
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A pobreza extrema no Brasil não está uniformemente distribuída pelo território nacional. As regiões Norte e Nordeste do país são as mais afetadas, com taxas de pobreza extrema significativamente mais altas do que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Por exemplo, estados como Maranhão, Alagoas, Piauí e Paraíba têm algumas das maiores taxas de pobreza extrema do país.
3. Desigualdade de Renda
A desigualdade de renda é um fator importante que contribui para a pobreza extrema no Brasil. De acordo com o relatório “País Estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras”, elaborado pela Oxfam Brasil em 2021, os 1% mais ricos da população brasileira concentram 28% da renda total do país, enquanto os 50% mais pobres detêm apenas 13%. Essa disparidade na distribuição de renda contribui para perpetuar ciclos de pobreza e exclusão social.
4. Impactos da Pandemia de COVID-19
A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais a situação da pobreza extrema no Brasil. Milhões de brasileiros perderam seus empregos ou fontes de renda devido às medidas de distanciamento social e restrições econômicas implementadas para conter a propagação do vírus. Estima-se que entre 6,5 milhões e 11 milhões de brasileiros tenham caído na pobreza extrema em 2020 como resultado direto da pandemia.
5. Desafios para a Infância
As crianças são particularmente vulneráveis à pobreza extrema. De acordo com dados da Fundação Abrinq, uma em cada quatro crianças brasileiras vive em situação de pobreza extrema, privadas de acesso a condições básicas de vida, como alimentação adequada, moradia digna e educação de qualidade. A pobreza extrema na infância pode ter impactos duradouros no desenvolvimento físico, cognitivo e emocional das crianças, comprometendo seu futuro.
Conclusão
A pobreza extrema no Brasil é um problema complexo e multifacetado que exige uma abordagem abrangente e coordenada por parte do governo, da sociedade civil e do setor privado. Investimentos em políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade, o acesso a oportunidades educacionais e de emprego, a melhoria da infraestrutura e o fortalecimento dos sistemas de proteção social são fundamentais para enfrentar o desafio da pobreza extrema e garantir um futuro mais justo e equitativo para todos os brasileiros.
